A beleza traiçoeira do céu vermelho

Uma pesquisa[ARTIGO] recente que compara cores do céu em fotografias e pinturas de diferentes épocas sugere que o céu de intenso vermelho com ondulações no dramático Grito de Edvard Munch pode ter sido inspirado nos pores de sol vulcânicos com presença de nuvens polares (noctilucentes) que foram observados pelo pintor norueguês após a erupção do vulcão Cracatoa em 1883. Formadas por partículas de poeira vulcânica envolvidas por cristais de gelo, essas nuvens, presentes em camadas altas da atmosfera, continuam sendo iluminadas pela luz solar mesmo após o pôr do sol. Sua aparência ondulada decorre de variações periódicas na pressão e temperatura da atmosfera. Quando a pesquisa for concluída, então saberemos se a obra de Munch foi um dos primeiros registros visuais das nuvens noctilucentes.

📝 Texto de: 👩‍🔬 Maria Beatriz Fagundes (Cientista).

[ARTIGO] PRATA, F.; ROBOCK, A.; HAMBLYN, R. THE SKY IN EDVARD MUNCH’S THE SCREAM. CIÊNCIA EM FOTO, VOL. 99, NO. 7, 2018. Disponível em: go. Acessado em: 31 mai. 2021.
[OBRA] MUCH, E. THE SCREAM OF NATURE. 1893. Disponível em: Wikimedia. Acessado em: 31 mai. 2021.