Nas rotinas opacas dos interiores dos laboratórios de química de grandes universidades encontrar brilho nos azuis, cianos, lilases intensos é uma experiência rara e surpreendente. Uma experiência não somente no sentido estrito do termo mas, sobretudo, no sentido de experienciar… algo que nos toca, nos encanta.
Em meio aos barulhos e luzes que ultrapassam as janelas do laboratório, uma simples folha branca como plano de fundo para uma vidraria é como uma pausa. Para cientistas, observar estranhos filamentos coloridos crescendo em breves minutos no interior de um béquer é quase como suspender o tempo para poder voltar a ser aquela criança que outrora brincava no jardim.
Mas o jardim, agora, é químico; e não menos mágico… nele não crescem plantas, mas sim estranhas estruturas complexas, que até tem aparência biológica, só que são frutos da reação de produtos químicos inorgânicos: sais de metais em solução de silicatos… é um jardim de silicatos![ARTIGO]