A ciência da molhagem é bem antiga[LIVRO]. Já no início de 1800, dois cientistas: o inglês Thomas Young e o francês Pierre Laplace buscavam explicar, seguindo caminhos diferentes, por que a água nem sempre se comporta da mesma maneira quando derramada sobre superfícies de materiais distintos. Atualmente, sabemos que esse fenômeno tem a ver com como as moléculas da água e das diferentes superfícies interagem entre si. Quando a água se espalha sobre uma superfície, dizemos que esta é hidrófila (amiga da água). Nesse caso, a água quer ficar encolhida, mas a superfície consegue “esticá-la” (alimentos que contém açúcares, como o mel, podem ser utilizados como exemplos de superfícies hidrofílicas). Ao contrário das superfícies hidrófilas, nas superfícies hidrófobas (que não gostam da água) a água não se espalha, mantendo-se no formato de “bolha” (alimentos que contém gorduras, como o azeite, podem ser utilizados como exemplos de superfícies hidrofóbicas).
[LIVRO] GENNES, P.; BADOZ, J. OS OBJETOS FRÁGEIS. SÃO PAULO: UNICAMP, 1997.
