Filho de William Herschel — que revolucionou a astronomia com a descoberta do planeta Urano — e sobrinho da astrônoma Caroline Herschel, John Herschel tinha a astronomia no sangue. Mas, para ele, ciência e arte estavam intrinsecamente ligadas. Ao cunhar os termos fotografia, positivo e negativo e aprimorar a cianotipia em 1842, John aproxima o azul do céu[Blog] das imagens fotográficas. Com essa técnica, utilizou sais de ferro (e não prata) para a impressão fotográfica, possibilitando melhor fixação das imagens. Em um dos seus cianótipos, John captura uma mulher tocando harpa[Foto1]. A estabilidade e beleza das imagens azuis logo encontraram lugar na ciência. O fotograma “Algas”[Foto2] de Anna Atkins — botânica, ilustradora e considerada uma das primeiras mulheres fotógrafas — é parte de seu livro “Cyanotype”[Site1] composto inteiramente de imagens.
Para saber mais sobre os cianótipos visite também a página do projeto Cidade Invertida
https://www.cidadeinvertida.com.br/cianotipo
[Foto1] HERSCHEL, J. Um cianótipo experimental de uma gravura de uma senhora com uma harpa, de Sir John Herschel. 1842. 1 fotografia. 590 × 753 pixels.. Disponível em: //commons.wikimedia. Acessado em: 3 fev. 2022.
[Foto2] ATKINS, A. Fotografias de Algas Britânicas: Impressões de Cianótipo. 1843. 1 fotografia. 583 × 786 pixels.. Disponível em: //commons.wikimedia. Acessado em: 3 fev. 2022.
[Blog] BEDIN, B. F. et al. O céu (não) é azul. 2021. Disponível em: //cienciaemfoto.proec. Acessado em: 3 fev. 2022.
[Site] ATKINS, A. Photographs of British Algae: Cyanotype Impressions. 1853. Disponível em: metmuseum. Acessado em: 3 fev. 2022.
